sábado, 18 de janeiro de 2014

o fim das palavras

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os papeis que aqui deixei
escoaram-se pelo casco roto do velho barco
(nesta e naquela praia)

as palavras melhores
recolhera-nas as gaivotas mais astutas
as outras
as outras desfês-las o mar
não tenho palavras moribundas, isso não
talvez as tenha quem um dia queira ir de burro
(ora, eu quero ser cremada, pois)

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