quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

da distância


os sons
vêm do longe
e somem-se apressados
sem deixarem ecos
.
na mesa de dois
só um

.
beijo-te
e trago o teu cheiro
assim
, não te desprendo
.

cá fora
mistura-se o orvalho
o frio
e a maresia
.
as ruas desertas
denunciam o sono ausente
e eu
.
queria ter ficado

.

1 comentário:

Vício disse...

estás a falar dos sons dos patos?
é que esses também não têm eco